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PTERIDÓFITAS

28/10/2014 21:17

 

As pteridófitas foram os primeiros vegetais a apresentar um sistema de vasos condutores de nutrientes.Isso possibilitou um transporte mais rápido de água pelo corpo vegetal e favoreceu o surgimento de plantas de porte elevado. Além disso, os vasos condutores representam uma das aquisições que contribuíram para a adaptação dessas plantas a ambientes terrestres. 

Atualmente, a importância das pteridófitas para o interesse humano restringe-se ao seu valor ornamental. É comum casas e jardins serem embelezados com samambaias e avencas, entre outras. Samambaias, avenca e cavalinhas são alguns dos exemplos mais conhecidos de plantas do grupo das pteridófitas. Antes da invenção das esponjas de aço e de outros produtos, pteridófitas como a "cavalinha", cujo aspecto lembra a cauda de um cavalo e tem folhas muito ásperas, foram muito utilizadas como instrumento de limpeza. No Brasil, os brotos da samambaia-das-roças ou feto-águia, conhecido como alimento na forma de guisados. 

O corpo das pteridófitas possui raiz, caule e folha. O caule das atuais pteridófitas é em geral subterrâneo, com desenvolvimento horizontal. Mas, em algumas pteridófitas, como os xaxins, o caule é aéreo. Em geral, cada folha dessas plantas divide-se em muitas partes menores chamadas folíolos. A maioria das pteridófitas é terrestre e, como as briófitas, vivem preferencialmente em locais úmidos e sombreados.

                                           Reprodução

Da mesma maneira que as briófitas, as pteridófitas se reproduzem num ciclo que apresenta uma fase sexuada e outra assexuada. Para explicar melhor, vamos tomar como exemplo uma samambaia comumente cultivada. A samambaia é uma planta assexuada produtora de esporos, por isso, ela representa a fase chamada esporófito. Em certas épocas, na superfície inferior das folhas das samambaias formam-se pontinhos escuros chamados soros. O surgimento dos soros indica que as samambaias estão em época de reprodução - em cada soro são produzidos inúmeros esporos. Quando os esporos amadurecem, os soros se abrem. Então os esporos caem no solo úmido; cada esporo pode germinar e originar um protalo, aquela plantinha em forma de coração mostrada no esquema abaixo. O protalo é uma planta sexuada, produtora de gametas; por isso, ele representa a fase chamada de gametófito. O protalo das samambaias contém estruturas onde se formam anterozoides e oosferas. No interior do protalo existe água em quantidade suficiente para que o anterozoide se desloque em meio líquido e "nade" em direção à oosfera, fecundado-a. Surge então o zigoto, que se desenvolve e forma o embrião. O embrião, por sua vez, se desenvolve e forma uma nova samambaia, isto é, um novo esporófito. Quando adulta, as samambaias formam soros, iniciando novo ciclo de reprodução. 

Tanto as briófitas como as pteridófitas dependem da água para a fecundação. Mas nas briófitas, o gametófito é a fase duradoura e os esporófitos, a fase passageira. Nas pteridófitas ocorre o contrário: o gametófito é passageiro - morre após a produção de gametas e a ocorrência da fecundação - e o esporófito é duradouro, pois se mantém vivo após a produção de esporos.

                

* Reprodução das Samambaias 

GIMNOSPERMAS

28/10/2014 20:33

As gimnospermas são plantas terrestres que vivem, preferencialmente, em ambientes de clima frio ou temperado. Nesse grupo incluem-se plantas como pinheiros, as sequóias e os ciprestes. Elas possuem raíz, caule, folhas, e, também, ramos reprodutivos com folhas modificadas, chamadas estróbilos.

 Em muitas gimnospermas, como os pinheiros e as sequóias, os estróbilos são bem desenvolvidos e conhecidos como cones - o que lhes confere a classificação no grupo das coníferas. Há produção de sementes: elas se originam nos estróbilos femininos. No entanto, as gimnospermas não produzem frutos. Suas sementes são "nuas", ou seja, não ficam encerradas em frutos. 

                                               Reprodução 

Vamos usar o pinheiro-do-pará como modelo para explicar a reprodução das gimnospermas. Nessa planta os sexos são separados: a que possui estróbilos masculinos não possuem estróbilos femininos e vice-versa. Em outras gimnospermas, os dois tipos de estróbilos podem ocorrer numa mesma planta.

 Cones ou estróbilos 

O estróbilo masculino produz pequenos esporos chamados grãos de pólen. O estróbilo feminino produz estruturas denominadas óvulos. No interior de um óvulo maduro surge um grande esporo. Quando um estróbilo masculino se abre e libera grande quantidade de grãos de pólen, esses grãos se espalham no ambiente e podem ser levados pelo vento até o estróbilo feminino. Então, um grão de pólen pode formar uma espécie de tubo, o tubo polínico, onde se origina o núcleo espermático, que é o gameta masculino. O tubo polínico cresce até alcançar o óvulo, no qual introduz o núcleo espermático. No interior do óvulo, o grande esporo que ele abriga se desenvolve e forma uma estrutura que guarda a osfera, o gameta feminino. Uma vez no interior do óvulo, o núcleo espermático fecunda a oosfera, formando o zigoto. Este, por sua vez, se desenvolve, originando um embrião. À medida que o embrião se forma, o óvulo se transforma em semente, estrutura que contém e protege o embrião. 

Nos pinheiros, as sementes são chamadas pinhões. Uma vez formados os pinhões, o cone feminino passa a ser chamado pinha. Se espalhadas na natureza por algum agente disseminador, as sementes podem germinar. Ao germinar, cada semente origina uma nova planta. A semente pode ser entendida como uma espécie de "fortaleza biológica", que abriga e protege o embrião contra desidratação, calor, frio e ação de certos parasitas. Além disso, as sementes armazenam reservas nutritivas, que alimentam o embrião e garantem o seu desenvolvimento até que as primeiras folhas sejam formadas. A partir daí, a nova planta fabrica seu próprio alimento pela fotossíntese. 

                                                                                          

 

ANGIOSPERMAS

28/10/2014 19:39

Atualmente, estão em maior quantidade entre as plantas. De 350 mil espécies registradas, mais de 250 são angiospermas.

 A presença de flores e frutos é fundamental para o desenvolvimento das angiospermas. As flores possuem cores vivas, néctar e cheiros que atraem pássaros e insetos que vão ajudar no processo de polinização. Já os frutos são importantes para proteger as sementes das plantas. Existem as flores dotadas somente de gineceu: o sistema reprodutor feminino; outras só com androceu, que é o sistema reprodutor masculino; e, ainda, flores hermafroditas, cuja maioria desenvolveu mecanismos que dificultam a autofecundação. O grão-de-pólen é formado no interior da antera, no androceu. 

                                                           

São plantas extremamente necessárias para a manutenção do equilíbrio ecológico da Terra e para a subsistência da humanidade, pois são os principais produtores dos ecossistemas terrestres, constituindo fontes de alimento para o homem e outros animais. As angiospermas tem importância em várias áreas, como por exemplo, na estética. 

- A babosa, além de ter efeito regenerador e antibacteriano, atua como cicatrizante e calmante, tendo efeito dérmico (cura queimaduras e acnes), e capacidade de reidratar o tecido capilar e as cutículas do cabelo. 

- O maracujá é outro exemplo utilizado na indústria . A semente, que é descartada na hora da produção de sucos e polpa de fruta, é matéria prima para produzir óleos direcionados à agroindústria de cosméticos e alimentos. É também diurético, sedativo e tranquilizante. Trata a ansiedade, gota, hemorroida, histeria, insônia e úlceras. A maracugina é utilizada no tratamento de estados de nervosismo, estresse, distúrbios do sono, ansiedade com palpitações cardíacas e distúrbios gastrintestinais ligados ao nervosismo.

- O tomate é um fruto que retarda o envelhecimento e é agente anticancerígeno, protegendo, inclusive, contra o câncer de próstata. Além de possuir boa quantidade de vitaminas C, A e complexo B, possui também sais minerais como, por exemplo, ácido fólico, potássio e cálcio.

BRIÓFITAS

28/10/2014 17:41

       As Briófitas correspondem ao grupo mais simples do Reino Plantae, o único grupo cujos representantes não apresentam um sistema condutor de seiva (xilema e floema). Por isso são denominadas plantas avasculares. Elas não apresentam caules e nem raízes verdadeiras (apenas rizoides). Como consequência, as briófitas são plantas de pequeno porte. Já que dependem da água para sua reprodução, elas vivem em ambientes úmidos e sombreados. Tomando como exemplo um musgo, o individuo que corresponde à fase predominante é o gametófito (n), onde são encontrados os órgãos responsáveis pela produção de gametas (anterozoides e oosfera). A união dos gametas resulta no esporófito (2n), que corresponde à fase menos duradoura e que cresce sobre o gametófito, dependendo dele para sua nutrição. Nestes são encontradas as células que sofrem meiose para produzir os esporos. Estes são liberados do esporângio e ao encontrarem ambiente favorável germinam, produzindo nos gametófitos.

-> Plantas primitivas enterradas no gelo há 400 anos são achadas e cultivadas

Plantas enterradas por uma geleira durante a Pequena Idade do Gelo, há 400 anos, voltaram a ser desenvolvidas na natureza e também em laboratório. O fenômeno ocorreu após a pesquisadora Catherine La Farge e colegas da Universidade de Alberta, no Canadá, descobrirem briófitas - espécimes primitivos sem flores, como os musgos - após o derretimento e recuo da Geleira Teardrop, localizada na Ilha de Ellesmere, no Ártico Canadense.Os resultados do estudo sugerem que esse grupo de plantas, que pertencem às primeiras linhagens a surgir na Terra, pode ser muito mais resistente do que se pensava e, provavelmente, contribuiu para o estabelecimento, a colonização e a manutenção dos ecossistemas polares.  


O trabalho foi publicado na revista americana "ProceedingsoftheNationalAcademyofSciences" (PNAS), no dia 27 de Maio de 2013, e, segundo os autores, a estrutura das plantas foi tão bem preservada pela geleira, que algumas delas deram sinais de rebrotamento, com novos caules ou ramos laterais verdes. Isso ocorreu, inclusive, com espécimes descobertos menos de um ano antes da germinação. Para confirmar a data em que as briófitas foram soterradas, os pesquisadores usaram datação por carbono 14. A Pequena Idade do Gelo ocorreu entre 1.550 e 1.850 d.C.

A equipe também levou fragmentos das plantas para o laboratório e os cultivou, para ver a capacidade de crescimento. Ao todo, foram desenvolvidas 11 culturas de sete espécimes diferentes, que pertencem a quatro grupos de classificação biológica.

*Acima, à direita, vista aérea da Geleira Teardrop, em julho de 2009. As setas brancas indicam até onde ia a neve durante a Pequena Idade do Gelo, e os X vermelhos sinalizam a área onde as amostras de briófitas foram coletadas .

 

Equinodemos

02/09/2014 18:56

Animais marinhos, possuem um endoesqueleto: importante na sustentação do corpo, é resistente e desenvolvido.

Sistema digertório completo. Alguns são carnivoros, a digestão é extracorpórea, joga um líquido para que o alimento seja digerido e depois ingere.

Respiração por brânquias.

Circulação é cum um liquido incolor que circula pelos canais em todo o corpo

Reprodução sexuada, tem participação do gameta. 

E se regeneram

Cordados

02/09/2014 18:52

Filo Chordata

 A origem dos cordados ainda é desconhecida, os primeiros são espécimes parecidas com a peixes ou lanceolados do período Cambriano.

Características:

- Presença da notocorda.

- Cordão nervoso em posição dorsal 

- Sistema digestivo completo; 

- Três camadas germinativas; 

- Presença de fendas na faringe;

- Coração ventral com presença de vasos sanguíneos;

- Celoma desenvolvido;

- Esqueleto interno ósseo ou cartilaginoso.

- Deuterostomios

 

O filo Chordata se subdivide em três subfilos: Urochordata, Cephalochordata e Vertebrata. A distinção desses subfilos está baseada na posição da noto corda, Urochordata, apresenta o notocórdio na cauda e somente na fase larval; nos Cephalochordata, se estende por todo o corpo, chega até a fase adulta. Ambos são animais invertebrados. Os Vertebrata caracterizam-se pela presença de vértebras e pelo desenvolvimento do crânio.

Exemplos de animais cordados:

 

- Anfíbios

- Répteis

- Peixes

- Aves

- Mamíferos

 

Curiosidades:

Os peixes trocam de dentes durante a vida toda

O menos peixe que se conhece é o Pandanka pygmanga, que vive nas Filipinas e quando adulto mede apenas 1 cm.

O peixe que nada mais rápido – Agulhão-vela – alcança uma velocidade de 115 km por hora.

O ornitorrinco é o único mamífero que bota ovo.

O período de gestação mais curto é o do gambá-d'água, é normalmente 12 a 13 dias, mas pode ser até oito dias.
 Alguns tatus e preguiças podem ser os mamíferos que mais dormem, eles podem passar até 80% da vida dormindo.

Artropodes

02/09/2014 18:52

Eles tem patas bem articuladas, que é bom para os movimentos. 

Tem exoesqueleto, que são resistentes e impermeáveis, protege e evita perda de àgua. E também limita o tamanho do animal, pois não acompanha o crescimento, quando fica pequeno, ocorre a muda, que troca de exoesqueleto, por um já formado.

Crustáceos: geralmente 5 pares de pata e 2 pares de antenas

Aracnídeos: 4 pares de patas, não tem antenas

Quilopodes: muitos segmentos e um par de pena em cada, 1 par de antenas

Diplópodes: cada segmento 2 pares de pernas.

Insetos: Asas,, 1 par de antenas, olhos e aparelho bucal (critério de classificação)

Sitema digestório completo.

Sistema cirtulátório Aberto

respiração variada.

Anelídeos

02/09/2014 18:38

                     Filo Annelida

Neles já possuíam o celoma junto com a metameria e sua segmentação já era notada no seu exterior, pois conseguimos ver direito os anéis que formam estes animais, característica q deu nome ao filo. Eles estão divididos em classes:

Oligoquetos: Este grupo é representado pelas minhocas, tem a característica de possuir poucas cerdas, eles possuem o clitelo que é perceptível ao olho nu, pois é uma região mais espessa geralmente localizada próxima a calda que tem a função de proteger os casulos fecundados até estarem prontos para saírem, sua fecundação é cruzada e desenvolvimento direto, sendo eles hermafroditas.

 

Uma de suas principais contribuições é para plantações e outros solos que necessitam de ajuda para se tornarem bons para o plantio, pois elas arem de ararem a terra fazendo seus tuneis , elas ainda depositam adubos por onde passam o que ajuda na fertilidade das terras.

ºHirudínea: esta classe é composta pelos sem cerdas, um exemplo são as sanguessugas, eles vivem em aguas doces, mares ou solo úmido. Seu comprimento varia de 0,5mm~30 cm; Apresentam 1 corpo achatado dorsoventralmente. Sua fecundação é cruzada e desenvolvimento direto e eles são hermafroditas.

Hirudomedicinalis

 

Este tipo de sanguessugas são utilizadas em hospitais, para ajudarem a tirar o excesso de sangue que se forma com cangrenas, hemorragias, principalmente pós cirurgias. Hospitais incentivam a população a fazerem criações destas espécies.

ºPolychaeta: Uma de suas características é possuírem muitas cerdas ,sendo representados pelos palolos, eles são seres marinhos , nos anéis do corpo ha os parapodios onde estão inseridos cerdas . Eles são dioicos com reprodução sexuada e fecundação externa, sua espécie é muito utilizada na culinária, principalmente na região do oceano pacifico.

 

1palolo que fica próximo a região da Inglaterra, uma curiosidade que no pacifico eles são considerados “o caviar” da culinária, então não fique muito surpreso se aparecer 1 minhoca em seu prato

Cnidária

27/05/2014 18:33

Os cnidários são os primeiros animais a apresentarem uma cavidade digestiva no corpo, fato que gerou o nome celenterado, destacando a importância evolutiva dessa estrutura, que foi mantida nos demais animais. A presença de uma cavidade digestiva permitiu aos animais ingerirem porções maiores de alimento, pois nela o alimento pode ser digerido e reduzido a pedaços menores, antes de ser absorvido pelas células.

Com base no aspecto externo do corpo, os cnidários apresentam simetria radial. Eles são os primeiros animais na escala evolutiva a apresentarem tecidos verdadeiros, embora ainda não cheguem a formar órgãos.

Nos cnidários existe um tipo especial de célula denominada cnidócito, que apesar de ocorrer ao longo de toda a superfície do animal, aparece em maior quantidade nos tentáculos. Ao ser tocado o cnidócito lança o nematocisto, estrutura penetrante que possui um longo filamento através do qual o líquido urticante contido em seu interior é eliminado. Esse líquido pode provocar sérias queimaduras no homem.

Essas células participam da defesa dos cnidários contra predadores e também da captura de presas. Valendo-se das substâncias produzidas pelos cnidócitos, eles conseguem paralisar imediatamente os pequenos animais capturados por seus tentáculos.

Tanto o pólipo como a medusa apresentam uma boca que se abre na cavidade gastrovascular, mas não possuem ânus. O alimento ingerido pela boca cai na cavidade gastrovascular, onde é parcialmente digerido e distribuído (daí o nome gastro, de alimentação, e vascular, de circulação).

Após a fase extracelular da digestão, o alimento é absorvido pelas células que revestem a cavidade gastrovascular, completando a digestão. A digestão é, portanto, em parte extracelular e em parte intracelular. Os restos não-aproveitáveis são liberados pela boca. Na região oral, estão os tentáculos, que participam na captura de alimentos. As camadas de célula que ocorrem nos cnidários são: a epiderme, que reveste o corpo externamente, e a gastroderme, que reveste a cavidade gastrovascular. Entre a epiderme e a gastroderme existe uma camada gelatinosa denominada mesogléia. Essa camada é mais abundante nas medusas do que nos pólipos e, por isso, as medusas têm aspecto gelatinoso, fato que lhes rendeu a denominação popular de "águas-vivas".

A epiderme e a gastroderme são duas camadas celulares derivadas de tecidos embrionários denominados genericamente folhetos germinativos. A epiderme deriva do folheto germinativo chamado ectoderme (ecto = externo, derme = tecido de revestimento), que reveste externamente o corpo do embrião; a gastroderme deriva do folheto denominado endoderme (endo=interno), que reveste o tubo digestivo do embrião. Os cnidários são considerados animais diblásticos.

Os poríferos, apesar de não formarem tecidos verdadeiros, são considerados animais diblásticos, pois durante o desenvolvimento embrionário surgem apenas duas camadas de células - uma externa e outra interna -, que corresponde às duas camadas de células que formam o corpo do adulto: a externa formada pelos pinacócitos e a interna formada pelos coanócitos e pinacócitos internos.

Os demais animais são triblásticos ou triploblásticos, pois possuem três folhetos germinativos: a ectoderme, a endoderme e a mesoderme (meso=no meio), que se desenvolve entre a ecto e a endoderme.

Os cnidários são os primeiros animais a apresentarem células nervosas (neurônios). Nesses animais, os neurônios dispõem-se de modo difuso pelo corpo, o que é uma condição primitiva entre os animais.

Os cnidários apresentam movimentos de contração e de extensão do corpo, além de poderem apresentar deslocamentos. São, portanto, os primeiros animais a realizarem essas funções.

Deslocamento tipo mede-palmos

 

Os poríferos são animais que vivem fixos ao substrato, não apresentando deslocamentos.

Nos pólipos, a capacidade de locomoção é reduzida, podendo ser do tipo "mede-palmos" ou "cambalhota". Nas medusas, a locomoção é mais ativa, sendo realizado por um mecanismo denominado jato propulsão: os bordos do corpo se contraem, e a água acumulada na fase oral da medusa é expulsa em jato, provocando o deslocamento do animal no sentido oposto.

A capacidade de alterar a forma do corpo, determinando movimentos e deslocamentos, deve-se à presença de células especiais com funções de contração e distensão, mas que não são células musculares verdadeiras, na medida em que estas surgem a partir da mesoderme, que só ocorre em animais triblásticos.

A respiração e a excreção ocorrem por difusão através de toda a superfície do corpo. Não existem estruturas especiais relacionadas a esses processos, como também é o caso das esponjas

Moluscos

27/05/2014 18:15

Os moluscos são cerca de 100.000 espécies. Reúne os familiares caracóis (reptantes), ostras e mariscos (sésseis) e lulas e polvos (livre-natantes), assim como formas pouco conhecidas, como os quítons, conchas dente-de-elefante (Scaphopoda) e espécies vermiformes (Caudofoveata e Solenogastres).

Os moluscos invadiram quase todos os ambientes, só não há moluscos voando. Ocorrem das fossas abissais até as mais altas montanhas; das geleiras da Antártica até desertos tórridos. Vários grupos de bivalves e gastrópodes saíram do mar e invadiram a água doce e, no caso dos gastrópodes, o ambiente terrestre. Existem moluscos predadores (até mesmo de vertebrados), herbívoros, ecto e endoparasitas, filtradores, comensais, sésseis, vágeis, pelágicos, neustônicos etc. Em certos ambientes representam grande biomassa e podem ser importantes na reciclagem de nutrientes.

Morfologia

Os moluscos são animais triblásticos, celomados e protostômios. Apresentam o corpo mole, não segmentado, e com simetria bilateral. A cabeça ocupa posição anterior, onde se abre a boca, entrada do tubo digestivo. Muitas estruturas sensoriais também se localizam na cabeça, como os olhos. Sensores químicos também estão presentes nos moluscos e permitem pressentir a aproximação de inimigos naturais, quando o molusco rapidamente fecha sua concha, colocando-se protegido.

O pé é a estrutura muscular mais desenvolvida dos moluscos. Com ele, podem se deslocar, cavar, nadar ou capturar suas presas. O restante dos órgãos está na massa visceral.

Nela, estão os sistemas digestivo, excretor, nervoso e reprodutor. Ao redor da massa visceral, está o manto, responsável pela produção da concha.

Entre a massa visceral e o manto, há uma câmara chamada cavidade do manto. Nos moluscos aquáticos, essa cavidade é ocupada pela água que banha as brânquias; nos terrestres, é cheia de ar e ricamente vascularizada, funcionando como órgão de trocas gasosas, análoga a um pulmão.

Organização de um gastrópode

Uma característica marcante da maioria dos moluscos é a presença da concha. Trata-se de uma carapaça calcária, que garante boa proteção ao animal. Nas lesmas e nos polvos, ela está ausente; nas lulas, é pequena e interna.

Os moluscos são enterozoários (que têm cavidade digestiva) completos. Muitos deles possuem uma estrutura raladora chamada rádula. Com ela, podem raspar pedaços de alimentos, fragmentando-os em pequenas porções. A digestão dos alimentos se processa quase totalmente no interior do tubo digestivo (digestão extracelular). Algumas macromoléculas só completam a sua fragmentação no interior das células de revestimento do intestino (digestão intracelular).

As maiorias dos moluscos apresentam sistema circulatório aberto ou lacunar, no qual o sangue é impulsionado pelo coração, passa pelo interior de alguns vasos e depois alcança lacunas dispostas entre os vários tecidos, nas quais circula lentamente, sob baixa pressão, deixando nutrientes e oxigênio, e recolhendo gás carbônico e outros resíduos metabólicos.

A rádula é uma estrutura que se situa na base da boca dos moluscos.

Essas lacunas são as hemoceles. Os cefalópodos constituem uma exceção, pois têm sistema circulatório fechado.

Na cavidade celomática abrem-se os nefrídios, as estruturas excretoras. Pela abertura interna dos nefrídios (o nefróstoma), penetram substâncias presentes no sangue e no líquido celomático. Em alguns moluscos, como nos cefalópodes, os nefrídios encontram-se bastante agrupados, formando um "rim" primitivo.

Em quase todos os moluscos, a membrana do manto é vascularizada e permite a ocorrência de trocas gasosas entre o sangue e a água. Nos moluscos terrestres, como o caramujo-de-jardim (Helix sp.), a cavidade do manto é cheia de ar e comporta-se como um pulmão. Trata-se, portanto, de uma forma particular de respiração pulmonar. Nos moluscos aquáticos, existem lâminas ricamente irrigadas por vasos sanguíneos, no manto, e que formam as brânquias desses animais. Portanto, entre os moluscos podemos encontrar respiração pulmonar e respiração branquial.

O sistema nervoso dos moluscos é ganglionar, com três partes de gânglios nervosos de onde partem nervos para as diversas partes do corpo. Os cefalópodes possuem um grande gânglio cerebróide, semelhante ao encéfalo dos vertebrados os que permitem a execução de atividades altamente elaboradas.

A locomoção da maioria dos representantes é lenta devido ao pé musculoso. Os que são rápidos, como as lulas e os polvos, locomovem-se graças à expulsão de jatos de água que saem através de um sifão. Muitos, porém, são fixos ao substrato, como as ostras e os mariscos na fase adulta.

Reprodução

A reprodução dos moluscos é sexuada e, na maioria dos representantes do grupo, a fecundação é interna e cruzada. O caramujo-de-jardim, por exemplo, é monóico. Na cópula, dois indivíduos aproximam-se e encostam seus poros genitais, pelos quais se fecundam reciprocamente. Os ovos desenvolvem-se e, ao eclodirem, liberam novos indivíduos sem a passagem por fase larval (desenvolvimento direto).

Nos cefalópodes, o macho carrega um pacote de espermatozóides que é introduzido na cavidade do manto da fêmea para as fecundações. Após as fecundações, são liberados milhares de ovos, dotados de casca gelatinosa. As fêmeas de muitas espécies depositam os ovos em lugares protegidos, debaixo de rochas, no interior de cavernas etc. Certas fêmeas de polvos até cuidam dos ovos "arejando-os" com jatos de água expelidos pelo sifão. O desenvolvimento é direto, sem larva. A maioria dos filhotes que nasce servirá de alimento para diversos predadores. Poucos polvos e lulas chegam à vida adulta, pois a morte da progenitora coincide com o nascimento dos filhotes.

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